Uma suntuosa casa antiga ou moderna, com o requinte de
uma bela decoração interna, ou uma casinha simples,
despida de estilo ou de rebuscada decoração, cujo interior
reúne apenas a simplicidade de seu conteúdo, grande
ou pequena, modesta ou não, ela deverá ser "a sua casa".
Nos simples e pequenos cômodos de uma modesta
casinha, onde a nossa sensibilidade capta o limite de
alguns magros salários mínimos, e na quase total ausência
de ornamentos, temos nossa atenção voltada para alguns
pequeninos quadros salpicados na parede, emoldurando
fotografias de entes queridos.
Seus tapetes, comprados a prestações, cobrem apenas
alguns metros de chão, e a iluminação é dada por um
único foco, cuja lâmpada parece se agarrar ao teto.
Seu ambiente é por vezes alegrado pelo barulho da rua,
pela algazarra das crianças, ou pelo som, que o rádio da vizinha
se encarrega de transmitir no mais alto volume.
Num palacete, o perfume das flores se mistura ao luxo e à
beleza do seu conteúdo, tendo como complemento uma rica
pinacoteca, em cujas paredes ressaltam um Picasso e um
Di Cavalcanti, um Renoir e um Portinari. Tapetes persas são
jogados sobre felpudos e coloridos carpetes, onde, ao pisar,
temos a impressão de estar flutuando num "tapete mágico".
Os jarros com flores, a meia-luz dos abajures e a doce
melodia de Chopin ou de Beethoven que o aparelho
de som espalha pelas salas fariam, sem dúvida, o mais
belo e agradável ambiente, se dentro dela houvesse o
riso de uma criança ou a alegria de um adolescente, pois é
isso que faz um verdadeiro lar. No lar perfeito, o amor
substitui, com muita vantagem, o luxo.
(pp. 239, 240)
Trouxemos esse trecho do livro "Sebastiana Quebra-Galho" de Nenzinha de Machado Salles para inaugurar a primeira promoção do nosso blog que já está acontecendo na nossa página no Facebook.
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