quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Por que é tão difícil se desfazer das coisas?

Postado por Unknown às 06:30

Vira e mexe nos fazemos essa pergunta. Porém, para organizar a casa e a vida é necessário praticar o desapego. Não quero parecer radical porque cada um sabe o que é verdadeiramente importante para si, o que desejo é propor uma reflexão em conjunto... Eu daqui e vocês daí. Certo?

Vamos nos concentrar nos objetos os quais temos uma relação emocional. Primeiro precisamos compreender as emoções despertas para que possamos lidar com elas. Há objetos que, para nós, vão além da sua condição física, ou seja, desenvolvemos laços afetivos com eles. Muito bem, não quer dizer que precisamos nos desfazer de tudo, nem jogar fora o primeiro desenho que o nosso filho fez ou seu primeiro caderninho da escola. O importante é termos consciência do nosso apego e trabalhar isso da melhor forma a fim de não guardarmos tudo o que julgamos “importante”.

Uma frase que dizemos constantemente quando se trata de descartar um objeto é: “Mas foi fulano que me deu isso!”. Se você não está usando um item por muito tempo (por exemplo, há mais de um ano que você nem toca nele), é um indicador claro de que ele precisa ir. Se não há lugar para guardá-lo e/ou não há necessidade que o faça, desfaça-se dele vendendo, doando, trocando, etc.

Às vezes, julgamos um objeto com insubstituível. Exemplo: artigos artesanais, desenhos dos filhos. Porém, se você tem muito desses objetos, selecione os que realmente quer guardar e os que precisam ser descartados. Uma dica é organizar em pastas de plásticos transparentes os desenhos das crianças ou escolher alguns para emoldurar e decorar uma parede. Você também pode fotografar esses objetos e guardar num arquivo digital para “visitar” quando quiser.

Objetos que simbolizam um momento único da sua vida, como seu vestido de casamento ou um ingresso de um show que merece ser sempre lembrado, podem parecer significativos, assim jogá-los fora ou nos livrarmos deles nos dá a sensação de que ficará um vazio imenso em nossa vida ou o que está indo embora é um pedaço de nós mesmos. É importante lembrar que o objeto não é uma parte da nossa história pessoal. Na realidade, é apenas um objeto, ocupando espaço. Seu significado está em nossa mente e pode continuar lá... É a memória que é importante, não o item em si. Você, provavelmente, tem fotos lindas usando o seu vestido de casamento e, talvez, tenha fotografado o show que tanto curtiu. A lembrança está aí e, provavelmente, muito mais interessante do que ter o objeto em si.

Acreditar que, em algum momento futuro, você pode precisar de algum objeto que tem a intenção de se livrar, é um erro constante. Guardar roupas que não cabem mais acreditando que vai emagrecer para usá-las novamente, é um exemplo clássico. Toda vez que você se ouvir dizendo a palavra “pode”, é melhor parar e avaliar o contexto. “Pode” é um código para “eu nunca vou usar isso”.
Objetos que também são problemáticos no ciclo do “pode” são os livros e periódicos. Separe os que realmente são importantes e fique com eles. Uma dica é manter um “diário de leitura” em relação aos livros. Anote o título e a data em que foi consultado pela última vez e verifique com que constância você o solicita. Aqueles que há tempos você não consulta podem ser trocados por outros mais interessantes para o momento atual da sua vida ou vendidos, doados.
Em relação a revistas, eu tinha algumas de dez anos atrás, muitas de decoração. Andei folheando-as para ver se ainda existia alguma ideia aproveitável, mas a maioria já estava obsoleta, acumulando poeira e espaço na minha casa.

Nós também temos a síndrome de achar certos objetos lindos e atraentes. Geralmente, esses objetos são bugigangas ou itens realmente bonitos, mas que não vamos usá-los por diversos motivos. Os itens que você usa pelo menos uma vez por ano, como é o caso de artigos de decoração natalina merecem ser guardados. O mundo está cheio de objetos lindos, mas eles não podem viver em nossas gavetas.

Traçando Estratégias

Faça um cronograma. “Destralhar” a casa é como fazer dieta, é preciso um pouco de tempo para ver os resultados. Se você pretende gastar 12 semanas limpando sua casa, defina os cômodos que serão limpos e organizados por semana. Você pode investir tempo nos quartos dispondo de 4 horas/semana para cada um deles, se sua cada não estiver muito entulhada de coisas. Porões, sótãos e garagens podem levar 8 horas +ou-. Se você tem uma tonelada de lixo, certamente precisará de mais tempo. Mas não se esqueça de separar algumas horas por semana para cuidar de você e de outros compromissos nessas 12 semanas.

Prepare-se. “Destralhar” desperta nossa bagagem emocional. Prepare-se para ter uma pequena conversa interna sobre como lidar com esse processo de se desfazer de coisas que atribui valor sentimental. Uma dica: Antes de começar o processo não perca seu tempo pensando sobre itens específicos, para aqueles que têm dificuldades em tomar decisões é recomendado não pensar em coisas demais. Se você está se sentimento emocionalmente sobrecarregado, chame um amigo.

Acertar o relógio. Para agilizar e se manter em movimento, use um timer e o programe para despertar a cada 2 horas. Se concentre no tempo e se esforce para trabalhar com ele. O objetivo é progredir e não chegar à perfeição. Se você trabalhou por 01 hora e deseja fazer uma pausa, ajuste o timer para 10 ou 15 minutos e depois volte ao trabalho.

Obter três sacos de lixo. Podemos usar caixas também. Você vai precisar de três sacos ou caixas em todos os momentos: um para coisas que você vai jogar fora, um para doar itens e um para itens que você não tem certeza. Quando os sacos ou caixas estiverem cheios, levá-los para fora do local (ex. Quarto)... Você começa a ver que tem mais espaço e sente como se realmente estivesse realizando algo.

Criar regras de “Sim-Não” Em vez de considerar cada item em profundidade, estabeleça 5 segundos para tomar uma decisão em relação a eles, especialmente se forem objetos fáceis de lidar. Se você não tem usado tal item recentemente, é jogado fora ou doado. Se tem usado regularmente, guarde-o. Não se deve atrasar a decisão, é preciso ser rápido e dizer “sim” ou “não”. Se realmente não tiver certeza, é aconselhado deixar o(s) objeto(s) no saco ou na caixa com uma etiqueta “Não tenho certeza” e armazená-los na garagem ou em um local fora de casa. E lembre-se: os sacos ou caixas devem conter no máximo 5% dos itens que você está classificando.

*Adaptado de Confronting Your Clutter Conundrums by Arianne Cohen.

0 comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Assine a petição!

 

Diário de uma bagunceira ;) Copyright © 2011 Design by Ipietoon Blogger Template | web hosting